Aqui você vai encontrar algumas experiências sobre a vida, sobre a relação entre homem e mulher e discussões sobre esta relação.

domingo, outubro 21, 2007

Amor tem que cuidar.


Amor tem que cuidar.
Cheguei à conclusão que o amor é uma coisa viva que carregamos dentro da gente. Um simbionte.
É uma palavra até feia, mas designa perfeitamente isso que carregamos dentro de nós,
Já ouvi dizerem que o amor é como uma plantinha que temos que cuidar e regar frequentemente.
Nunca imaginei que esta analogia tão simples fosse tão completa mesmo dentro da sua simplicidade,..
Eu descobri que, da mesma forma que uma planta que cresce na direção da luz de uma janela, o amor cresce torto se não o apontamos numa direção correta. Pra plantinha crescer reta, temos que ir virando o vaso, mas se queremos que ela tome alguma forma diferente também podemos ir guiando este crescimento.
Se não prestamos atenção ao nosso amor, ele vai crescer na direção que lhe for mais fácil. parafraseando meu professor da faculdade: o amor não e bobo, vai pra onde e mais fácil.
mesmo que o fruto deste amor seja impossível de ser colhido, isso não impede de continuar crescendo.
Mas se o amor e uma coisa que vive e cresce, será que também morre?
Eu sei que um amor pode ser podado, pode diminuir, ficar parecendo que é outra coisa.
Sei também que amor pode crescer tão torto que nem se reconhecem seus frutos como vindos dele.
Bons exemplos disso são a obsessão e o ciumes.
Amor também precisa de amor. Para não crescer torto, precisa ser correspondido.
Amor não correspondido fica torto, e ate pode ganhar apelidos: platônico, angustia, decepção, frustração, tristeza. Doloroso enfim.
Mas o amor pode ser também incondicional: teimoso, cego, imenso.
Amor que cresce livre e muito, por vezes não tem raízes fortes: se dobra aos ventos passageiros, voa passageiro destes ventos, alimenta-se da adrenalina das tempestades que a paixão traz e carrega em si.
Mais de uma vez pensei que a próxima vez que meu amor fosse podado não lhe restariam mais nem tronco nem raízes para sustenta-lo.
Esse momento nunca chegou, e acho que não vai chegar.
E me ocorre agora que isso acontece por um motivo ate simples: o amor não e nosso. À exceção talvez dos narcisistas, o amor existe em função de algo ou alguém que, diferentemente do amor, não esta em nos.
Existindo o amado, o amor se manifesta em nós.
Mas o amor também cansa.
Cansa de amar sozinho, sem ser correspondido.
Cansa de ser vagabundo, de ser de todos e ao mesmo tempo de ninguém.
Cansa de ser só de um e por um.
Cansa de estar confinado num peito.
Podado, dificilmente reaparece como era.
Amizade, já dizia Rita Lee, é amor sem sexo.
Carinho é amor sem paixão, sem fogo.
Respeito é amor sem envolver conceitos como tempo e espaço.
Desejo, não depende do amor. E curiosamente me ocorre que fazer amor tampouco depende de amor, mas sim da troca.
Se na troca você deu amor e recebeu prazer, deu amor e o outro recebeu prazer, não deu nada mas recebeu algo de volta (prazer, carinho, atenção) a tudo isso chamamos de fazer amor.
Como eu já disse em cima, amor não existe sozinho. Quando você faz a troca com alguém, esse processo cria o amor, FAZ o amor.
O mais curioso desta troca, é que o amor precisa só da existência do amado para se fazer forte e fortalecer a coragem, o destemor, a cegueira, a loucura, momentâneas ou não.
Amor também tem sua própria maneira de controlar o tempo.
Graças a este poder, minutos se tornam horas quando esperamos o amado e segundos se tornam horas na lembrança do beijo roubado.

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